segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Viagens... lugares... - Colonia Del Sacramento - Uruguay



De Buenos Aires, cortando por algumas horas as águas do rio Del Plata, cheguei fácil em Colonia Del Sacramento, cidade do Uruguay fundada no século XVII pelos portugueses, e que depois passou para os espanhois, e voltou para os  portugueses e que com a independência do Brasil, passou a fazer parte dele por seis anos até a independência do Uruguay... Uma cidade que conta o tempo em cada rua, casa, pedra... O jantar ao ar livre, na luz fria do luar foi doce, a pousada tinha vista para o rio, o cheiro da natureza pedia calma... Em que ano eu estava quando andava por aquelas ruas? Não sei!... Em que país? Quase já não sabia por conta das várias moedas que usava (dólar, real, pesos argentinos, pesos uruguaios), dos vários sotaques de espanhol, algumas vozes em portugues, de  arquiteturas diferenciadas que se harmonizavam... O que eu senti? Prefiro colocar algo que escrevi enquato estava ali, vivendo a viagem...

"Colonia... cidade pequena e aconchegante... me arrebatou em tons de romantismo e aventura... me deixei apaixonar... como já disse o poetinha, é muito bom morrer de amor e continuar vivendo...e por Colonia e suas casas simples de origem espanhola, italiana e portuguesa, me permiti sentir tudo o que podia, devorei o lugar, sua luz, por do sol no rio Del Plata... fechei os olhos, respirei, por segundos senti falta de ter alguem para compartilhar todo aquele sentimento estranho, bom, de paz... ao mesmo tempo em que me senti bem sozinha... contradições...
Por entre ruas de pedrinhas, Rua do Desejo...Desejei ficar mais tempo ali... Mas o bom de se apaixonar é sentir-se livre para desvencilhar-se do objeto desejado...E assim Colonia está para sempre em mim... Não poderia ficar nem mais um dia... O encanto não quebrou..."

Peguei o ônibus para Montevidéu e segui viagem...

(Texto entre aspas extraído de e-mail enviado para Márcio, receptor e leitor paciente dos meus diários-e-mails de viagem durante a empreitada Argentina-Uruguay, em janeiro de 2008)

domingo, 15 de novembro de 2009

Viagens... lugares... - Estação da Luz - São Paulo - Brasil



Era sábado e inverno, dia chuvoso de julho de dois mil e nove, o céu brigava entre o azul e o cinza, saí no iniciozinho da noite do Museu de Língua Portuguesa e fui pegar o metrô na Estação da Luz. Ah, a Luz!!! Impossível não parar para ver o trem e a arquitetura de influência inglesa que nos faz voltar ao final do século XIX, respirar o início do século XX e a abundância do café que tingia os vagões (sem esquecer a torre com o relógio que acertava o tempo dos habitantes paulistas) e ficar deslumbrado com o século XXI. O túnel infinito do metrô me faz pensar na vida.... A Estação é assim!... Você vai e volta no tempo numa rápida viagem.
Dessa vez demorei mais nela pois comecei a ouvir música, de que lugar estava vindo? Vejo a multidão no meio do saguão da entrada, sigo as notas como quem segue a um comando... Entre passantes, passageiros, moradores de ruas, turistas, habitantes, a música unindo todos em minutos de alegria e êxtase... Alguns pediam música para lembrar a juventude, outros queriam música que lembrassem a sua terra distante, outro conseguiu ficar no lugar da pianista e tocar um jazz (e quem disse que morador de rua não sabe tocar piano?)...
A Luz trouxe a alegria, a claridade, o revigorar-se e o enebriar-se de um momento bom para uma turista que não conseguia tirar os pés cansados de um dia de andanças, dali da Estação, e os olhos em festa furtava o maior número de detalhes possíveis... Foi preciso Beda me lembrar que já era hora de partir, mas antes a máquina fotográfica implorava registros, e eu cedi a seu capricho...

domingo, 8 de novembro de 2009

Viagens... lugares... - Café Tortoni - Buenos Aires - Argentina















Hummm, ainda posso sentir o gosto do chocolate quente, suavemente doce, e as media lunas que alegraram uma das noites que passei em Buenos Aires. Depois de andar bastante o dia todo, passeei pela Av Mayo, sendo cortada pelo vento de tom frio de abril, e entrei radiante na fila do Café Tortoni. Um dos mais antigos cafés de Buenos Aires. O lugar convida para uma boa conversa e planos para os próximos dias de viagens com o meu amigo Tico. Enquanto isso, pessoas se preparam para entrar no show de tango, que acontecerá na parte de trás do café. Não, eu não quero ver o show hoje, o cansaço é amenizado pelo aconchego do local. Eu me delicio
com o chocolate, e vou embora satisfeita...

domingo, 23 de novembro de 2008

Domingos...

Não sei, a cabeça roda perguntando o que fiz durante todo o dia... atravessei as horas sem perceber o que fazia, agora é tarde para voltar... Arrumei metade da mala para mais uma viagem: Crato me espera... Sei mais ou menos o que vou encontrar... e o domingo passa de bobeira...
Vi uma fotografia do deserto do sal, água na boca para ir... será que vai dar? Hoje estou tão estranha que não posso afirmar nada, talvez seja a proximidade de uma viagem, tanto tempo que não realizo uma. Medo ou desejo? Os dois, talvez... Domingo continua sendo um dia estranho... Segue então uma poesia que publiquei no meu rascunho e que vale a pena repetir:

Domingo

Dia de um cinza mórbido

Dia de uma alegria insólita

Em vão, alimento os pássaros

De longe, vejo o chumbo a se formar no horizonte

Drago as nuvens, e a chuva é meu choro

Dou ao arco-íris seu próprio tesouro

Aos meus pés, formigas passeiam

Não se dão conta da vida que passa,

Correm alheias aos traspassamentos temporais...

Guardo as migalhas no saco,

Amanhã serão outros pássaros?

Não sei...

A vida insiste em manter a graça...



E na graça vou seguindo no finzinho de meu domingo... e que as coisas melhorem ao dormir...

Ao menos não é uma véspera de segunda, mas foi domingo!

sábado, 15 de novembro de 2008

E se...

E se eu deixasse de existir continuaria aqui, e isso de certa forma me apavora... Minhas senhas perdidas, quem me tirará do "ar"? Essa eternização que precisa de energia para se manter viva, então eu realmente poderia deixar de existir... Minhas fotos digitais jamais serão vistas e todos os meus textos que trafegam somente na internet... Isso me acalenta... ou será que não?... Sei que continuarei aparecendo nos orkuts de meus amigos até todos eles partirem... mas ainda assim aparecerei no orkut dos filhos de meus amigos se eles não apagarem meus amigos... Estarei nos e-mails impressos e ns fotos que alguns mandaram reproduzir, eu que nunca revelo nada, nenhuma... Ai, essa concessão que temos de ser eternos...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Primeiros fios da trama...

E olha eu aqui escrevendo blogs... parece até engraçado... eu que joguei fora os diários e cadernos...
Mas sigamos por entre as letras virtuais, atuais, trançadas pelas idéias de existir idéias...