domingo, 23 de novembro de 2008

Domingos...

Não sei, a cabeça roda perguntando o que fiz durante todo o dia... atravessei as horas sem perceber o que fazia, agora é tarde para voltar... Arrumei metade da mala para mais uma viagem: Crato me espera... Sei mais ou menos o que vou encontrar... e o domingo passa de bobeira...
Vi uma fotografia do deserto do sal, água na boca para ir... será que vai dar? Hoje estou tão estranha que não posso afirmar nada, talvez seja a proximidade de uma viagem, tanto tempo que não realizo uma. Medo ou desejo? Os dois, talvez... Domingo continua sendo um dia estranho... Segue então uma poesia que publiquei no meu rascunho e que vale a pena repetir:

Domingo

Dia de um cinza mórbido

Dia de uma alegria insólita

Em vão, alimento os pássaros

De longe, vejo o chumbo a se formar no horizonte

Drago as nuvens, e a chuva é meu choro

Dou ao arco-íris seu próprio tesouro

Aos meus pés, formigas passeiam

Não se dão conta da vida que passa,

Correm alheias aos traspassamentos temporais...

Guardo as migalhas no saco,

Amanhã serão outros pássaros?

Não sei...

A vida insiste em manter a graça...



E na graça vou seguindo no finzinho de meu domingo... e que as coisas melhorem ao dormir...

Ao menos não é uma véspera de segunda, mas foi domingo!

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